terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Êxtase
























Amor, bem sabes tu como te quis...
No afeto que minha alma te ofertou, dei-te tudo...
Ilusão... Dei-te carinho...
uma alma vibrante,
— essa taça de vinho que sorveste feliz,
o vinho delirante que tua vida embriagou.

Amor, bem sabes tu como te quis.
Na volúpia de querer a tua vida,
Tua alma na minha alma confundida,
retratei-me toda inteira nos meus versos
Meus segredos disperses!

Amor,
bem sabes tu quanto te quis.
No momento supremo, iluminado,
que ainda agora o coração bendiz,
nos encontramos,
e nos amamos
o meu olhar no teu continuado.

Meu ser estremeceu,
vibrou minha alma, num lampejo.
Senti, na terra, o céu.
Tive em mim a volúpia de um desejo.

Tudo, agora, porém, é solidão.
Já não voltas, não podes mais voltar.
A minha alma lamenta em triste pranto,
nunca mais te encontrar.
Lamenta este meu coração
não haver gozado,
não haver te dado,
carinhos que me deste e eu não aceitei,
os beijos que pediste e não te dei...

Dagmar Destêrro

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