
Alimento a tua pele silenciosa
enquanto renovas a paz do meu sangue
a morte o sismo a transparente crueldade
onde naufragamos onde agora
o pão e o sol e o canto inventamos
A noite convoca o arco distendido
a ponte reconstruída dos corpos
Alimento com minha armas vagarosas
âncoras de sangue do mar libertas
a luz que nos unes até aos ossos até
ao núcleo em que terra e fogo desfazem
no corpo a pequena visitação da morte
Casimiro de Brito
Nenhum comentário:
Postar um comentário